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A COROA
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29/08/2015
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“E vestiram a Jesus de púrpura, e tecendo uma
corda de espinhos, a puseram em sua cabeça”
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Adaptação
da mensagem de Emmanuel recebida por Francisco
Cândido Xavier (Livro: Caminho, Verdade e Vida – Item 96 – Marcos 15:17)
Grupo
Espírita Cristão "Irmãos do
Caminho" - Rua Francisco Carrilho, 363 – Jardim Florestal – CEP 13.215-670 –
Jundiaí – SP
As mensagens podem ser acessadas no blog: http://gecirmaosdocaminho.blogspot.com/
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Quase incrível o grau de falta de vigilância da maioria dos discípulos
do Evangelho, na atualidade, ansiosos pela coroa dos triunfos mundanos. Desde
longo tempo, as Igrejas do Cristianismo deturpado (modificado) se comprazem nos
grandes espetáculos, através de enormes demonstrações de força política. E
forçoso é reconhecer que grande número das agremiações espiritistas cristãs,
ainda tão recentes no mundo, tendem para as mesmas inclinações.
Cada um de seus seguidores pretende o bem-estar, o caminho sem
obstáculos, as considerações honrosas do mundo, o respeito de todos, o fiel
reconhecimento dos elevados princípios que esposaram na vida, por parte dos
estranhos. Quando essa bagagem de facilidades não os favorece no serviço
edificante, sentem-se perseguidos, contrariados, infelizes.
Mas... e o Cristo? Não bastaria o quadro da coroa de espinhos para suavizar
a nossa inquietação?
Naturalmente que o Mestre trazia com Ele a Coroa da Vida; entretanto,
não quis perder a oportunidade de revelar que a coroa da Terra ainda é de
espinhos, de sofrimento e trabalho incessante para os que desejem escalar a
montanha da Ressurreição Divina. Ao tempo em que o Senhor inaugurou a Boa Nova
entre os homens, os romanos se coroavam de rosas; mas, deixando para nós a sublime
lição, Jesus nos dava a entender que os seus discípulos fiéis deveriam contar
com sinais de outro tipo.
Púrpura: de cor vermelha escura.
Recadinho para os Pais: HISTÓRIAS QUE JESUS CONTOU
Parábola do Semeador
A partir deste mês e até o final do ano, conversaremos com as crianças
sobre as histórias que Jesus contava, as parábolas, para facilitar o
entendimento daquilo que ele desejava ensinar.
Esse mês contamos a Parábola do Semeador, que é fundamental para o
entendimento das outras. A história em si é simples: um semeador que planta
sementes em variados tipos de solo e recebe, de cada um, diferentes respostas à
semeadura. Assim seríamos nós recebendo os ensinamentos de Jesus. Todos podemos
receber a semente, porém cada um a acolherá no coração ao seu modo. Por isso,
compreender o que ele quis ensinar através desta parábola, é preparar nosso
íntimo para receber sua Palavra, deixando a semente germinar.
Todos somos “solo”; germinando a Palavra, nos transformamos em
“semeadores”. É assim, dessa forma, que Jesus conta conosco em sua lavoura
divina. O esforço em buscá-lo é nossa tarefa diária, não desperdiçando a
semeadura. Reparemos bem nos “semeadores” que ele coloca em nosso caminho, e
mantenhamos o bom ânimo garantindo à semente que chega, solo tratado e fértil.
“Haja suficiente cuidado em nós, a cada dia, porquanto o bem ou o mal,
tendo sido semeados, crescerão junto de nós, de conformidade com as leis que
regem a vida.” – Chico Xavier
Mensagem recebida pela psicografia na reunião do dia 22/08/2015 – OLHAI
Filhos.
Olhai o que a vida nos
oferece e se proponha a fazer o melhor possível dentro das responsabilidades
que a vida oferece.
Vigiai. Vigiai a si mesmo
nas atitudes a serem tomadas para que o semelhante também se beneficie com o
seu proceder.
Orai, mas Orai com fé na
alegria de ser ouvido pelo Pai, pois a prece é a renovação da alma. E continue
caminhando, pois que Jesus nos oferece todas as oportunidades para que sejam
aproveitadas durante a existência.
Filhos.
Aquele que se compromete
com o bem será aliviado do próprio sofrimento porque vai lavando a nódoas da
alma e se sentindo liberto do mal.
Olhai. Vigiai e Orai, são
lições para serem entendidas em todos os momentos de nossa vida.
Jesus nos abençoe.
Mensagem recebida pela psicografia na reunião do
dia 22/08/2015 – OLHAI
Pétalas do Evangelho: Vigiar e Orar
Irmão de Humanidade e em
Jesus-Cristo, nosso Guia Maior para todas as ocasiões da vida.
Oremos. Oremos hoje e
sempre... Hoje, para pedirmos o amparo para aquilo de que estamos precisando,
nós e nossos amigos, pessoas queridas ou mesmo não tão próximas a nós. E
sempre, para permanecermos em contato com o Mais Alto, em diálogo constante e
sincero.
A prece é uma bênção que o
Criador coloca a seus filhos, para que possam participar mais diretamente de
seu Plano de Amor e Redenção. A prece, sincera e pura, é levada para aquilo ou
aquele pelo qual estamos pedindo a ação mais direta do Bem.
Toda prece é ouvida por
Deus e atendida. Não atendida, às vezes, conforme o nosso entendimento, mas
atendida conforma a vontade do Pai. Isso porque a vontade do Pai é aquela que
trará o melhor para seus filhos, pois só Ele sabe do nosso passado, do presente
e do futuro.
Vigiemos. Vigiemos a nós mesmos
e as formas de tentação que nos cercam. E uma delas, para a qual precisamos
estar atentos continuamente, juntando a nossa prece: “ Guardai-nos, Senhor, da
tentação de que podemos nos manter sem o amparo de vossas mãos!”...
Mensagem recebida pela psicografia na reunião do
dia 22/08/2015 – OLHAI
No auge do segundo
império brasileiro, o salão palaciano regurgitava (transbordava) com as pessoas
da maior alta sociedade.
O baile ultrapassava a
simples questão das danças dos casais, ele representava o encontro social mais
intensamente buscado pelas altas camadas.
Ricos e nobres ali se
encontravam para as conversações formais. O próprio imperador às vezes se fazia
presente.
Aquela noite, para o
jovem Jorge Henrique, representava muito.
Ali estava acompanhando
seus pais e levando consigo a esposa pela primeira vez.
Casara-se recentemente
com uma jovem europeia, como era o primor da nobreza da época.
Seus pais, para dar-lhe o
amparo no início da nova vida, passaram-lhe a posse de imensa gleba de terras.
E Jorge Henrique, jovem e
empreendedor, encomendou dos órgãos de assistência do governo, milhares de
mudas de plantas frutíferas.
Terminara o plantio na
última semana e agora, no baile, era o centro das atenções de muitos que ali se
encontravam.
Seus pais, orgulhosos,
acompanhavam o filho a cada elogio que ele recebia de seu empreendimento.
Sua esposa, ainda com
alguma dificuldade com a língua portuguesa, apesar dos estudos prévios que
fizera para o casamento, se mantinha em silêncio, ouvindo com atenção tudo o
que era falado.
Técnicos do governo se
aproximavam para exaltar as mudas que tinham sido preparadas com as mais
recentes técnicas de plantio, diziam eles que não havia como não dar certo o
que ele estava fazendo, pois a Ciência o estava apoiando para o sucesso.
Autoridades religiosas,
que foram chamados para abençoar a plantação, diziam que as bênçãos de Deus se
faziam em seu benefício, trazendo a certeza do sucesso.
Até o próprio imperador,
que acompanhara os acontecimentos, o chamou em determinado momento para
parabeniza-lo.
O que mais um jovem
poderia esperar?
No retorno ao lar,
extravasava sua alegria para os pais e para a esposa.
Depois de deixar os pais
na casa deles, recolheu-se no íntimo de seu lar com a esposa.
Foi aí que eles puderam
conversar com mais intimidade. Conversa que tinham tido poucas vezes, porque na
verdade, seu casamento tinha sido muito mais um arranjo financeiro entre as
famílias do que um encontro de corações que se uniam pelo amor.
Ela lhe disse:
− Meu marido, posso lhe
falar a respeito da plantação que tanto foi alvo de elogios na noite de hoje?
− Com certeza. Gostaria
muito de ouvir sua opinião – disse ele sorrindo, pois esperava novos elogios –
afinal agora é o nosso empreendimento familiar, não é só meu empreendimento.
“Aprendi com meus pais –
começou ela – que não se pode contar com os ovos antes que a galinha bote. Não
podemos contar com a colheita antes que ela nos chegue às mãos.
Também aprendi com os
meus pais que muitas surpresas podem estar nos esperando pelo caminho. Temo que
os elogios desta noite façam com que você se acomode e acredite que a colheita
já chegou, quando apenas fizemos o plantio das mudas.
Precisamos vigiar para
que ladrões não nos levem as plantas retirando-as da terra. Precisamos estar
atentos para que o mato não cresça e roube a energia da terra que deve gerar os
frutos. Devemos estar atentos para os pequeninos bichinhos que podem roubar a
seiva das plantas, prejudicando-as.
Ouvi que lhe falaram para
confiar na ciência e em Deus. Concordo com eles. Mas a ciência também pode
estar presente no adubo que iremos necessitar para realimentar a terra. E Deus,
...
Ah, meu marido, sei muito
bem que Deus nos ampara em todos os momentos de nossa existência, mas Ele nos
deu a inteligência para a usarmos e nos dá as oportunidades de O ajudarmos
todos os dias de nossas vidas.
Não creia que Deus vai
fazer a parte que nos cabe no cultivo da plantação. Ele conta conosco para que
tudo dê certo.
Deus nos dá as chuvas,
mas às vezes nos dá a seca para aprendermos a nós mesmos levarmos a água à
planta.
Se fizermos a nossa
parte, tenho a certeza que Deus fará a dele. Mas se não o fizermos, qual será o
resultado?”.
Jorge Henrique, que não
conhecia estes aprendizados da esposa, recebeu estas palavras com um arrefecimento
na euforia da noite, mas, dando-lhe o crédito devido pelo alerta, a partir do
dia seguinte estabeleceu tarefas de vigilância e acompanhamento em toda a
plantação e graças a isso, depois de dois anos começou colher os frutos do
trabalho persistente e realmente conseguiu o sucesso esperado pelas pessoas.
Mas acima de tudo,
agradeceu ele por ter sido naquela noite a primeira em que sentiu estar
construindo um lar ao lado da esposa, onde puderam receber os filhos e os
educaram com uma base sólida de respeito e de crença em Deus e no amor.
Jussara.
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