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AO
SALVAR-NOS
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12/09/2015
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“Salva-te a ti mesmo e desce da cruz”
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Adaptação
da mensagem de Emmanuel recebida por Francisco
Cândido Xavier (Livro: Caminho, Verdade e Vida – Item 94 – Marcos 15:30)
Grupo
Espírita Cristão "Irmãos do
Caminho" - Rua Francisco Carrilho, 363 – Jardim Florestal – CEP 13.215-670 –
Jundiaí – SP
As mensagens podem ser acessadas no blog: http://gecirmaosdocaminho.blogspot.com/
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Esse grito de ironia dos homens maliciosos continua
vibrando através dos séculos.
A criatura humana não podia compreender o
sacrifício do Salvador. A Terra apenas conhecia vencedores que chegavam
agitando armas, cobertos de glórias cheias de sangue, heróis da destruição e da
morte, a caminho de altares e monumentos de pedra.
Aquele Messias, porém, distanciara-se do modelo
habitual. Para conquistar, dava de si mesmo; a fim de possuir, nada pretendia
dos homens para si próprio; com a intenção de enriquecer a vida, entregava-se à
morte.
Em razão disso, não faltaram os escarnecedores
(zombadores) no momento próximo à morte, dirigindo-se ao Divino Triunfador, de
forma irônica, desprezível.
Nesse testemunho, o Mestre nos ensinou que, ao nos
salvarmos, no campo da maldade e da ignorância ouviremos o grito da malícia
geral, nas mesmas circunstâncias (forma).
Se nos demoramos colados à ilusão do destaque, se
somos trabalhadores só interessados em nosso engrandecimento temporário no
campo carnal, com esquecimento das necessidades dos outros, há sempre muita
gente que nos considera privilegiados e vitoriosos; se refletimos, no entanto,
as nossas responsabilidades graves no mundo, nos chamam de loucos e, quando nos
veem em experiências maiores, revestidas da dor sagrada que nos conduz a
esferas sublimes, passa junto de nós exibindo gestos irônicos e, recordando a
fé esposada por nossa vida, exclama, com desprezo: — “Salva-te a ti mesmo e
desce da cruz”.
Mensagem recebida pela psicografia na reunião
do dia 05/09/2015 – CRUZ E DISCIPLINA
Pedro caminhava junto à multidão, mas não perdia
de vista Jesus levando a cruz já nos seus ombros cansados.
Foi quando o soldado interferiu e mandou que um
homem chamado Cireneu viesse ajudar a Jesus levar a cruz.
Mesmo não desejando, mas com medo do soldado,
tomou a cruz sobre seus ombros e começou a carregar.
Jesus ao lado era aureolado de luz na sua caminha
difícil.
Pedro lembrava dos momentos em que Jesus o felicitava
com os seus ensinamentos profundos e quando Pedro lhe perguntava algo que não
entendia Jesus voltava a falar até que o entendimento se fazia presente.
Passava também pelos seus olhos as criancinhas
que jesus ajudou falando vinde a mim as criancinhas para que elas também
aprendessem suas amorosas palavras.
Passou pela sua visão o obsediado que ganhara a
liberdade.
O cego que ganhou a visão ao toque amoroso do
Mestre.
Tudo isso foi passando pela sua visão. Aos poucos
Pedro voltou a olhar para a cruz quando, pela sua surpresa, esta se iluminou de
tal forma que todos que estavam ao seu redor também puderam observar e muitos
caíram de joelhos dando graças ao pai.
Foi quando Pedro olhando de longe pode
compreender que aquela cruz iluminada era para a iluminação de toda a
humanidade através dos tempos.
Jesus nos abençoe.
Mensagem
recebida pela psicografia na reunião do dia 05/09/2015 – CRUZ E DISCIPLINA
Recadinho com
Jesus: Nosso Cireneu
Faça a parte que lhe cabe na vida
Apesar do cansaço, abatimento, não desanimar.
Porque o amparo divino aos seus filhos
Hoje, amanhã, sempre, não nos faltará.
Todos nós temos um anjo guardião
Que, por amor, nos é dado por Deus
Por onde quer que andemos, passemos
Será ele o nosso anjo Cireneu.
Mesmo no dia-a-dia do mundo
Onde cada qual tem os problemas seus
Haverá sempre um amigo encarnado
Que, se preciso, será então o nosso Cireneu.
Mensagem
recebida pela psicografia na reunião do dia 05/09/2015 – CRUZ E DISCIPLINA
Amigos do meu coração.
Empenhada em preparar um ensinamento que lhes
falasse ao coração a respeito da lição que estudamos nesta tarde, me deparei
com minhas lembranças de aprendizados passados.
Recordei-me de uma amiga muito querida, que me
ajudou muito nos aprendizados da vida espiritual.
Seu nome é Séphoras.
Lembrei-me quando um dia ela me contou sobre sua
própria vida e convidei-a a vir até nós hoje, para nos falar de si mesma.
Para minha alegria, ela aceitou o convite.
Ouçamo-la. Jussara.
Meus amigos.
O acontecimento que quero lhes contar foi o que
mais me marcou a existência passada.
Jovem, bela, com uma educação religiosa bem feita
por meus pais, encontrei o companheiro que me completou a felicidade terrena.
Augusto tinha também uma rígida formação
religiosa. Seu respeito e seu amor cativaram o meu coração e a confiança de
meus pais.
Casamo-nos e nosso lar se coroou com a vinda de
dois filhos adoráveis.
O falecimento de meus pais fez com que esta
pequena família se tornasse todo o meu universo.
Foi quando o acidente trouxe a mudança drástica
da minha existência. Meus dois pequenos faleceram em um acidente inexplicável.
Vocês podem imaginar como me senti.
Me isolei do mundo.
Não desejava mais conversar com ninguém.
Muito meu marido sofreu nesta época, pois além de
também perder os dois filhos, estava me perdendo para a tristeza que tomara
conta de mim, de forma completa.
Naquele dia, ensonada pelos medicamentos que
tomava, ouvi bater no portão com insistência.
Não dei importância, no início, pois, pensava eu,
meu marido vai atender e ver o que ocorre.
Mas as batidas aumentavam.
O barulho incomodava e não parava. Levantei-me
busquei Augusto pela casa.
Ele tinha saído. Provavelmente saiu a tratar de
seu serviço e eu nem percebi.
E o barulho no portão permanecia, insistente.
Chateada pelo incômodo, fui até o portão. A
intenção era recriminar o barulho e mandar embora logo quem o estava fazendo.
Abri um pouco o portão e vi uma moça, mais ou
menos da minha idade que, antes que eu pudesse falar alguma coisa, se pôs a
falar:
—Senhora. Estou vendo em seu quintal uma
laranjeira com frutos maduros. Permita-nos colher alguns frutos para alimentar
meus filhos. Já há alguns dias não nos alimentamos. Não iremos estragar nada.
Apenas colheremos alguns frutos e sairemos.
Olhei para ela e para seus filhos. Eles também
tinham, aproximadamente, a idade dos meus. Meus pequenos adoravam subir nos pés
de fruta do quintal para colher e comer as frutas. Fui pensando estas coisas e
meus olhos marejaram com as lágrimas que vieram. Não consegui pronunciar uma
palavra, apenas consegui abrir melhor o portão e sair da frente deles, num
convite mudo para entrassem.
E lá foram os três.
Observei-os e vi que era verdade o que ela
falara, pois eles, não só as crianças, mas ela também, quase que comiam as
laranjas sem mastigar, tanta era a fome que tinham.
Passado um tempo, fizeram menção de se retirarem,
agradecidos.
Nem sequer se propuseram a colher algumas frutas
para levar.
Já recuperada da emoção inicial, perguntei a ela.
—Vocês não vão colher nenhuma laranja para levar?
— Nem pensei nisto. A Senhora já foi muito boa em
deixar-nos saciar a fome.
— Olhe, eu tenho algumas roupas de meus filhos que
não vou mais usar.
E se dermos um banho em seus filhos e trocarmos
suas roupas?
Ela agradeceu e nos pusemos na tarefa. Levamos os
pequenos para dentro e cuidamos deles.
Percebi que minhas próprias roupas serviriam para
ela e consegui que ela aceitasse.
Nesta hora, meu marido retornou à casa. Chamei-o
de lado e lhe pedi se não podíamos fazer mais.
Podíamos tê-la como nossa empregada. Podíamos
arrumar um quarto de despejo que tínhamos no quintal para ela morar. E podíamos
cuidar da educação das crianças, como se fossem nossos filhos.
Augusto, que se sentiu feliz por meu retorno à
vida, como ele me falou depois, não recusou nenhum dos meus planos. E assim
fizemos.
Deu-nos trabalho, porque as crianças tinham
adquirido hábitos muito ruins com a vida na rua sem a orientação paterna e
Isabela não sabia nada dos trabalhos domésticos.
Mas estas dificuldades preencheram o vazio do meu
tempo.
E logo, outra ocupação chegou ao nosso lar, pois
com meu retorno à vida, apesar de já ter mais de trinta anos de idade, nova gravidez
se apresentou, e os gêmeos vieram para requisitar nossa atenção.
Foi só depois do desencarne que compreendi tudo o
que me ocorrera.
Dois ensinos me foram esclarecidos.
Um aprendizado foi o de que os gêmeos eram
novamente meus filhos, que retornaram à existência como estava planejado. Suas
mortes realmente foram um acidente infeliz, fora dos planos Divinos de suas
vidas. E o retorno à mesma vida trouxe uma recuperação da oportunidade que
havia sido interrompida.
O outro aprendizado foi quando eu estava em uma
escola no plano espiritual e o orientador nos falou da presença do Cireneu na
vida dos encarnados.
Em um momento ele dirigiu-se a mim e perguntou:
— Séphora, você já agradeceu a Deus por ter
enviado o Cireneu à sua casa?
Pensei comigo mesma antes de responder. Cireneu?
Quem?
Será que ele fala de Augusto? Ou de Isabela? Não
entendi.
— Não sei, senhor. Não compreendo quem foi meu
Cireneu.
— Eu sei, minha filha.
Você, como a maioria dos homens ainda enxergam o
Cireneu como uma pessoa, como foi quando o Cireneu carregou a cruz de Jesus.
Mas Deus envia o Cireneu à nossa vida na forma de convites ao trabalho da
caridade. São estes trabalhos em favor do próximo que vão nos fortalecer para
enfrentarmos nossas cruzes.
E são estes trabalhos em favor do próximo, por
mais pequeninos que nos pareçam, que vão nos aliviar as dores que carregamos,
trazendo-nos a alegria de volta ao coração.
O que ocorre é que os homens, não reconhecendo o
Cireneu, recusam a sua ajuda.
Abençoada seja você que o recebeu em seu coração
e aceitou a ajuda deste Cireneu em sua existência.
Séphora.
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