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PRECE DO NATAL |
12/12/2020 |
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Grupo Espírita Cristão "Irmãos do Caminho" - Rua Francisco Carrilho, 363 – Jardim Florestal – CEP 13.215-670 – Jundiaí – SP
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Senhor Jesus!...
Recordando-Te a vinda, quando Te exaltaste na manjedoura por luz nas
trevas, vimos pedir-Te a bênção.
Releva-nos se muitos de nós trazemos saudade e cansaço, assombro e
aflição, quando nos envolves em torrentes de alegria.
Sabes, Senhor, que temos escalado culminâncias... Possuímos cultura e
riquezas, tesouros e palácios, máquinas que estudam as constelações e engenhos
que voam no Espaço! Falamos de Ti – de Ti que volveste dos continentes
celestes, em socorro dos que choram na poeira do mundo, — no tope dos altos
edifícios em que amontoamos conforto sem coragem de estender os braços aos
companheiros que recolhias no chão...
Destacamos a excelência de Teus ensinos, agarrados ao supérfluo,
esquecidos de que não guardaste uma pedra em que repousar a cabeça; e, ainda
agora, quando Te comemoramos o natalício, louvamos-Te o nome, em torno da mesa
farta, trancando inconscientemente as portas do Coração aos que se arrastam na
rua!
Nunca tivemos, como agora, tanta abastança e tanta penúria, tanta
inteligência e tanta discórdia! Tanto contraste doloroso, Mestre, tão só por
olvidarmos que ninguém é feliz sem a felicidade dos outros.
Desprezamos a sinceridade e calmos na ilusão, estamos ricos de ciência e
pobres de amor. É por isso que, em Te lembrando a humildade, nós Te rogamos
para que nos perdoes e ames ainda... Se
algo podemos suplicar além disso, desculpa o nada que Te ofertamos, em
troca do tudo que nos dás e faze-nos mais simples!..
Enquanto o Natal renova,
restaurando-nos a esperança, derrama o bálsamo de Tua bondade sobre as
nossas preces e deixa, Senhor, que venhamos a ouvir de novo, entre lágrimas de
júbilo que nos vertem da alma a sublime canção com que os céus Te glorificam o
berço de palha, ao clarão das estreias:
— Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade para com os
homens!
EMMANUEL
Mensagem
recebida na reunião do dia
05/12/2020 – PRECE DIANTE DA
MANJEDOURA
Mais uma vez aqui estou para contar alguma coisa que foge
ao entendimento de vocês.
A primeira vez que fui convidado a vir a este lar, estava
eu em dificuldade muito grande, com uma raiva muito grande e destituído de tudo
o que era bom, porque eu me reconhecia com a vontade de ser o que eu não era.
Aos poucos, alguém que teve pena de mim, foi me
aconselhando e aquela raiva daqueles que me fizeram mal, aos poucos foi
transformando meu coração e vendo eles mais tristes do que eu mesmo, porque o
mal deixa as pessoas irreconhecíveis, e eu já não olhava para eles com ódio.
Olhava com dor na alma.
Aos poucos, alguém me disse: Porque você não muda seu
proceder? O bem é sempre o bem em nosso favor. Vamos conhecer outras pessoas
que sofrem e sofreram muito mais do que você.
Me levaram para conhecer manicômios, penitenciarias, me
levaram nos lugares mais pobres que vocês possam imaginar.
E muitos deles, ainda com toda aquela dor e se
reconhecendo devedores, ainda tinham forças para orar, porque achavam eles que
só a oração é que iria modifica-los. Não todos, mas alguns.
E com essa energia fui mudando também, até que fui
convidado a trabalhar para esquecer de mim mesmo.
De início, fomos ajudar aqueles nossos irmãos que sofriam
da fome e do frio, e fomos ajudando e colaborando para que eles fossem onde
tivesse alguém com o coração melhor e desse alívio àquela fome, àquele choro.
De início foram as crianças. Vocês não podem imaginar o que é um doce na mão de
uma criança que não tem nada, quando as mães chegavam em casa após sair daqui
(do Centro) e abriam aquelas sacolas e tinha algumas balinhas, era uma festa.
Meus amigos, comecei a aprender a viver, comecei a
valorizar as pequenas coisas. Um dia, acompanhando-os daqui para seus lares,
uma senhora pediu encarecidamente um cobertor e foi dado.
Quando ela chegou tinha um homem acamado em vias de
desencarne, e quando ela lhe deu aquele cobertor, ele quis saber de onde veio.
Ela lhe explicou, com suas palavras, que tinha vindo ouvir falar de Jesus e
que, no final da festa, porque ela traduziu isso como uma festa, mãos amigas lhe
deram aquele cobertor e que agora ela lhe doava para ele não sentir frio.
A história ainda foi longa, mas eu quero só dizer, meus
amigos, que alguns dias depois ele desencarnou, e a espiritualidade maior que
ali presenciava, o trouxeram até esse lar de oração para que ele se
recompusesse, tanto quanto ele fez, quando o cobertor foi colocado naquele
corpo. Calor humano, aquele calor bendito que foi lembrado de Jesus quando
falava para a multidão.
Isso meus irmãos, estou contando porque são pequenas
histórias que eu presenciei.
Outras tantas vezes, tínhamos que ajudar alguém a vir até
aqui para desistir do próprio suicídio. E quantas vezes chegamos no lar onde as
trevas permaneciam porque ninguém orava, e aos poucos fomos colocando nos
corações desses nossos irmãos um pensamento para que aqui viessem e a oração
foi penetrando naqueles corações. E hoje, meus irmãos, eles tem esse lar como
continuação da própria família.
E quantas vezes somos chamados a ajudar porque um coração
lembrou deste lar para pedir ajuda e nós estamos a postos para ajudar.
Portanto meus amigos, estamos no fim de um ano, com as
portas abertas, e acima de tudo com o Coração aberto.
Pudesse eu falar de tudo que presenciei, teríamos que
ficar falando horas e mais horas, mas me dizem nossos irmãos que me ajudam, que
isso já basta para meditação.
Meus amigos, eu agradeço o benefício da prece que fui
envolvido, o benefício do caminho em que encontrei o benefício do bem que agora
sinto em meu coração, e que busco dentro dos meus pequenos recursos, porque
aqueles meus irmãos que eu tinha como inimigos, agora já vêm chegando aos
poucos, e alguns começando a trabalhar.
Portanto meus amigos, quando vocês lembrarem do ano que
termina e do ano que começa, confiem na misericórdia de Deus e continuem
trabalhando.
Graças a Deus.
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