25/11/2020 – A riqueza de Dona Mariazinha
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O Evangelho segundo o Espiritismo – Capítulo
XVI - Não se pode servir a Deus e a Mamon – Item 7: Utilidade providencial da
riqueza – do início até "...que é lei de Deus."
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Livro dos Espíritos – Questão 583: Transviamento
dos filhos
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Amigos, aqui hoje nos encontramos um
grupo não muito grande de jovens aprendizes, estamos ainda sob as orientações
de mentores espirituais, cumprindo ainda muitas disciplinas. Mas hoje fomos
trazidos à esta casa de oração por uma pessoa que nos é muito cara, Dona
Mariazinha. Dona Mariazinha era uma senhora rica que morava numa casa suntuosa
perto da onde morávamos, quase todos que estamos aqui presentes.
Dona Mariazinha sempre foi tida por
nós como uma pessoa rica, soberba, orgulhosa. Era a imagem que nós fazíamos de
dona Mariazinha, mas por que pensávamos assim? Porque passávamos em frente à
sua casa e víamos aquela suntuosidade e não a conhecíamos de perto.
Mas Dona Mariazinha ficou viúva, ficou
sozinha. Seus filhos, já casados, moravam longe, e ela ficou ali. E tinha sim
serviçais que a serviam, mas os serviçais cumpriam suas obrigações e iam embora.
Às vezes passávamos lá e Dona Mariazinha passou a nos chamar: “Venham aqui, me
ajudem a fazer isso...”. Então era assim, ora era para ajudar a mudar um móvel
de lugar, outra era um vaso que ela queria replantar, e as desculpas iam por aí
afora, e sempre no final lá vinha um dinheirinho, um sorriso e um agradecimento.
E com isso criamos um vínculo com Dona Mariazinha e aprendemos a conhecê-la. Falo
“aprendemos” porque era sempre um grupinho, ela sempre nos chamava para entrar
em alguns, nunca sozinhos.
E o tempo passou. A nossa convivência
com Dona Mariazinha foi assim, não muito longa, mas o suficiente para que nós
aprendêssemos a conhecê-la, para que nós víssemos que na riqueza também era
possível ser bem-fazer coisas boas. Era uma alegria para nós quando ela nos
convidava, disputamos até isso, e até nos domingos ela começou a nos convidar
para acompanhá-la na missa. A gente não queria entrar e ela dizia:
- Fiquem aqui na porta, mas assim que
terminar eu preciso de vocês aqui.
E a gente obedecia rigorosamente
sempre, e às vezes a gente até entrava, mas não tinha muita paciência.
Tudo isso aconteceu, meus amigos, da
infância para a juventude, depois nossas vidas ganharam outros rumos. Dona
Mariazinha partiu e não mas soubemos de Dona Mariazinha, porque a casa foi
vendida a outros moradores, outros costumes. Mas a saudade batia no nosso
coração sempre que passávamos em frente à casa de Dona Mariazinha. E nós
convivemos um certo tempo mais ou menos um perto do outro, tivemos família,
tristezas, alegrias, e também partimos.
Qual não foi nossa alegria a de
encontrar deste lado a Dona Mariazinha! Que alegria desse reencontro! Parece
que o tempo voltou lá atrás, e realmente estamos nos sentindo jovens de novo. Hoje
principalmente, porque Dona Mariazinha falou:
- Meninos, vamos a uma casa de oração onde
vamos ouvir coisas muito belas sobre a riqueza, a riqueza que alguns sabem
administrar em seu bem e em favor de outros, e quando isso acontece a
recompensa é muito grande deste lado.
Viemos e aqui estamos, nos sentindo
felizes e alegres, parecendo aquele grupo de jovens daquele tempo.
Muito obrigada por nos receber. Muito
obrigada por nos trazer, dona Mariazinha.
25/11/2020
– A riqueza
utilizada para o Bem
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O
Evangelho segundo o Espiritismo – Capítulo XVI - Não se pode servir a Deus e
a Mamon – Item 7: Utilidade providencial da riqueza – do início até
"...que é lei de Deus."
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Livro
dos Espíritos – Questão 583: Transviamento dos filhos
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Meus amigos, o conforto que a riqueza
traz ao homem é útil e necessário, quando bem utilizado. Quando trabalhado em
prol das obras do Pai, esta riqueza não tem fim.
O dinheiro, como hoje é conhecido, foi
criado pelo homem, porém, muito antes, usavam-se outros símbolos para se
definir riquezas, o ouro, as terras e até mesmo os escravos.
Muitos senhores destes tempos antigos,
que usavam a riqueza em prol do bem, tinham sim os escravos comprados para sua
propriedade, mas não a fim de escravizá-los, mas para torná-los livres em suas
fazendas e fazê-los felizes com amor e respeito.
Este é só um exemplo de que a riqueza
pode ser utilizada em qualquer tempo para o bem.
Aquele que faz mal uso um dia sofrerá
as consequências de não tê-la mais, onde por si só será necessitado da caridade
de outrem.
Meus amigos, em verdade vos digo, quem
tem Deus como seu provedor tem tudo!
Muita paz a todos. Que Jesus seja
sempre o companheiro em todas as condições e situações de vossas vidas.
Marcus
25/11/2020 – A riqueza é uma benção que, se bem aproveitada, é fonte de luz (Mensagem
recebida em 22/11/20)
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O Evangelho segundo o Espiritismo – Capítulo
XVI - Não se pode servir a Deus e a Mamon – Item 7: Utilidade providencial da
riqueza – do início até "...que é lei de Deus."
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Livro dos Espíritos – Questão 583:
Transviamento dos filhos
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Tanto a miséria quanto a riqueza podem
ser provas difíceis e perigosas. A miséria pode gerar a revolta, a riqueza os
exageros. Mas tanto uma como a outra são instrumentos de Deus para nossa
evolução, e muitas vezes jornadeamos nas diversas encarnações alternando entre
uma situação e outra. O que não se pode dizer é que aos ricos é proibida a
entrada nos Céus, porque uma vez que a riqueza seja concedida a um ou a outro,
é sempre permitida com uma finalidade útil. Por essa razão a riqueza é uma
benção que, se bem aproveitada, é fonte de luz. O que é condenável é deixar-se
levar por suas facilidades, que podem entorpecer o cérebro e endurecer o
coração.
A riqueza é fonte feita para jorrar,
para beneficiar; não para acumular, para inutilizar, para desperdiçar. É
colocada nas mãos de pessoas que, em princípio, têm por compromisso espalhar o
Bem, porque ela é dada em confiança, mas pertence a Deus, e deve sempre estar a
Seu serviço.
O que traz a perdição é o apego, a
demasiada preocupação com as posses acima das coisas essenciais que são os valores
do espírito, eis a dificuldade. Jesus nunca disse que ricos não entrariam em
seu Reino, alertou apenas para esses perigos. Sejamos ricos ou pobres, o que
será observado é onde está nosso coração, porque ali estará nosso tesouro. Se
somos ricos e pensamos o tempo todo no dinheiro, nosso tesouro não são as
coisas de Deus, e se somos pobres e vivemos o tempo todo nos preocupando com a
falta do dinheiro, da mesma forma nosso tesouro não são as coisas de Deus. A
abundância ou escassez são apenas situações passageiras, mas a resposta de
nosso coração a uma ou outra situação é que será preponderante para entrarmos
ou não no Reino dos Céus.
Oremos e vigiemos, não aos outros, mas
a nós mesmos, a fim de que não nos percamos, nem na riqueza e nem na pobreza.
Étienne